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Vice-presidente do Conasems destaca importância de mais pediatras no SUS – AMA


O vice-presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Rodrigo Buarque, presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems-AL), participou de forma online nessa segunda-feira (3) do Fórum Nordeste da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) para discutir os principais gargalos desse setor no país e a possibilidade de aumentar a inserção do pediatra na Atenção Primária, uma vez que a falta dele fragiliza o acompanhamento da transição da infância para a adolescência.

“Entendemos a importância desses profissionais nos municípios brasileiros desde a puericultura à transição da infância para adolescência, mas reconhecemos a dificuldade de fixação deles. Hoje temos em média 47 mil desses especialistas, sendo a maioria concentrada nos grandes centros e no Nordeste a situação é mais delicada porque eles migram para a saúde suplementar”, afirmou Rodrigo Buarque.

De acordo com ele, os desafios dos municípios em suprir a carência desses profissionais estão também relacionados à remuneração, carga horária, condições de infraestrutura, além da falta de condições financeiras dos municípios em mantê-los, tendo em vista o decano subfinanciamento da saúde.

“O mínimo constitucional que consta do marco legal para ser aplicado da receita corrente líquida na saúde é de 15%, mas a maioria dos municípios brasileiros já investe mais de 24,5% na Atenção Primária – que é a porta de entrada e ordenadora do cuidado – e há municípios de Alagoas que investem até 27%”, destacou.

Rodrigo pontuou ainda que em Alagoas os municípios de pequeno e médio porte muitas vezes não têm esses profissionais dentro do território. “Vale salientar a   necessidade de qualificação dos pediatras tão bem colocada pela 2ª vice-presidente da SBP Ana Maria Cavalcante. Segundo ela a Fioruz está investindo em um projeto piloto Cidade Residência Pediátrica no Ceará com o objetivo de formar mais desse especialista. Nós, enquanto gestores municipais de saúde, nos preocupamos com essa formação porque se não tem Residência Médica não tem pediatra”, reforçou.

O vice-presidente do Conasems lembrou que o governo federal recentemente divulgou a ampliação de bolsas de estudos e investimentos em algumas especialidades, além do lançamento recente por parte do Ministério da Saúde do Cadastro Nacional de Especialistas com o intuito de identificar o quantitativo e localidades de atuação desses profissionais e, assim, sanar eventuais carências, seja na Pediatria ou em outras áreas.



Fonte: AMA

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